Política Monetária nos Países Subdesenvolvidos

Política Monetária nos Países Subdesenvolvidos!

A eficácia da política monetária nos países subdesenvolvidos, deve ser concedida, na melhor das hipóteses, limitada principalmente por razões estruturais e institucionais.

Eu. Existe um vasto setor não monetarizado nos países subdesenvolvidos, que está fora da influência das técnicas do banco central e, nessa medida, reduz a sua eficácia. Neste setor, as transações são obtidas com base no escambo e a disponibilidade pode exercer pouco impacto sobre o nível de atividade econômica.

ii. O mercado monetário é geralmente desorganizado e dividido, mais ou menos, em compartimentos à prova d'água. O setor não organizado, portanto, está fora do controle do Banco Central, como é o caso dos banqueiros indígenas na Índia.

iii. Nos países subdesenvolvidos, as pessoas confiam principalmente na circulação monetária e os depósitos bancários formam apenas uma pequena proporção e, sendo assim, as armas de controle de crédito têm aplicação limitada.

iv. Os instrumentos de controle de crédito como taxa bancária, operações de mercado aberto, variações nos depósitos compulsórios e outros controles de crédito seletivos têm menor efetividade operacional nesses países em comparação com os países avançados, devido ao mercado de títulos ou segurança pouco desenvolvido, práticas insalubres de operações bancárias. instituições e falta de hábitos bancários por parte das pessoas.

v. Nos países subdesenvolvidos, o controle administrativo sobre os elementos anti-sociais não é muito firme e eles obtêm enorme riqueza em massa por meio de evasões fiscais e outras transações ilegais. Este dinheiro não contabilizado que é popularmente conhecido como dinheiro negro dá origem a uma economia paralela que ajuda transações especulativas e ilegais que tornam a política monetária ineficaz.

vi. Os países em desenvolvimento precisam recorrer ao financiamento do déficit para complementar seus recursos para o desenvolvimento econômico. Mas o financiamento do déficit pode ser útil se for recor- rido a uma economia sem inflação. No entanto, em uma situação de pressões inflacionárias, é altamente indesejável e reduz a eficácia da política monetária.

Mas, apesar dessas limitações, não há como negar o fato de que a política monetária pode ser usada com vantagem para auxiliar o crescimento econômico “influenciando a oferta e o uso do crédito, combatendo a inflação e mantendo o equilíbrio do balanço de pagamentos”.

Pode-se mencionar aqui que a natureza dos problemas econômicos enfrentados pelas economias subdesenvolvida e desenvolvida é tão complexa que nenhuma política isolada por si só pode alcançar o objetivo desejado. Daí a política monetária deve ser complementada pela política fiscal e outras políticas importantes do governo, que influenciam a atividade econômica.