Geografia Econômica: Status Especial para Geografia Econômica (com 13 motivos)

Geografia Econômica: Status Especial para Geografia Econômica (com 13 razões)!

Durante as últimas quatro décadas, a geografia econômica experimentou mudanças tremendas na metodologia, nos conteúdos e nas abordagens. Essas mudanças ocorreram tanto no campo teórico quanto no aplicado.

Todas essas mudanças são parte do desenvolvimento do assunto, mas por causa dessas mudanças, a geografia econômica ganhou status especial entre outros ramos da geografia.

1. Uso crescente de métodos quantitativos e SIG:

Em comparação com outros ramos da geografia, o uso de técnicas quantitativas aumentou na geografia econômica. Isso se tornou mais popular com o uso de computadores.

Através do uso de computadores digitais de alta velocidade, grandes quantidades de informações podem agora ser processadas de forma rápida e fácil. Além disso, um computador pode ser programado para lidar virtualmente com qualquer tipo de técnica estatística.

A revolução dos computadores, como é apropriadamente chamada, afetou a geografia econômica não menos que outras disciplinas, e vários textos agora mostram aos geógrafos como tirar proveito disso. No entanto, o uso de computadores tem tantas armadilhas quanto vantagens.

Desenvolvimentos tecnológicos recentes em armazenamento de dados em larga escala e exibição (mapeamento) tiveram um impacto benéfico na pesquisa em geografia econômica. O GIS permite a entrada, armazenamento, análise e saída de dados espaciais, com coordenadas de ponto ou área.

Grandes conjuntos de dados compostos por numerosas variáveis, quando vistos de maneira superposta, freqüentemente levam a novas hipóteses e fornecem insights sobre relações geográficas que não foram previamente notadas ou compreendidas.

2. Impacto do Conceito Matemático de Probabilidade e Processos Aleatórios:

Por algum tempo, cientistas sociais têm questionado a previsibilidade total da ação e comportamento humanos. O impulso original para isso veio das ciências puras, especialmente da física, que elevou a imprevisibilidade a um princípio formal - o chamado princípio da incerteza. De acordo com Werner Fleisenberg, que formulou o princípio em 1927, alguns fenômenos naturais nunca podem ser completamente descritos.

Antes do trabalho de Heisenberg e seus colegas, os físicos tinham adotado uma abordagem mais determinista; resultados específicos foram considerados totalmente previsíveis a partir de condições específicas. Em contraste, o princípio da incerteza, ou indeterminação, introduziu um mundo no qual as leis físicas não mais descreviam ou previam completamente qualquer coisa, mas produziam aproximações estatísticas de probabilidade muito alta. Assim, toda a natureza da ciência foi alterada.

Não há necessidade, é claro, de os geógrafos pularem para a conclusão de que a superfície da Terra é governada pela mecânica de uma roleta ou para ver o desenvolvimento econômico como um "jogo permanente de lixo flutuante". Mais importante é uma apreciação adequada das diferentes maneiras pelas quais o acaso, ou aleatoriedade, pode entrar nos assuntos econômicos.

Pode derivar da imperfeição das decisões humanas, uma vez que os limites das habilidades perceptuais do homem em qualquer época são consideráveis. Pode surgir a partir de muitas escolhas aparentemente iguais que podem nos confrontar de vez em quando - por exemplo, há mais caminhos de rota possíveis do que rotas e mais locais de cidades do que cidades.

Pode surgir porque, afinal de contas, os objetivos dos indivíduos e dos grupos variam com o tempo. Finalmente, pode surgir por causa do que foi chamado de ruído de fundo, isto é, o número infinito de fatores que, embora presentes, não poderiam ser levados em consideração no momento da decisão ou ocorrência real.

Na geografia, o reconhecimento de que os modos tradicionais de explicação nem sempre se aplicam decorre em grande parte da influência de outras ciências sociais, que trouxeram insatisfação com os métodos e conceitos disponíveis, e uma crescente percepção da imprevisibilidade e incerteza da escolha humana. Esse reconhecimento, como vimos, foi acompanhado pelo crescimento de sofisticadas técnicas estatísticas.

3. Confiança nos modelos:

Um modelo é uma representação idealizada da realidade que se destina a demonstrar certas propriedades do mundo real. Através da construção de modelos, abstraímos certos fatores da realidade, de modo que, em vez de ter que considerar simultaneamente toda uma série deles, podemos lidar com o que percebemos como os poucos essenciais. Por sua própria definição, os modelos não podem transmitir toda a verdade, mas apenas uma parte compreensível dela.

Modelos têm muitos usos. Eles podem ser um conjunto de hipóteses de trabalho para o pesquisador; guias para a visualização de interações complexas; quadros organizacionais para a classificação e manipulação de dados; ou auxiliares de ensino simples e eficazes. Assim, os modelos podem ser conceitos, noções ou apenas palpites.

Eles são úteis principalmente porque são econômicos. Não apenas transmitem informações gerais de forma altamente compactada; eles também podem, em certas circunstâncias, expressar uma teoria tão precisamente quanto qualquer formulação verbal.

Eles também podem chamar nossa atenção para as diferenças entre abstração e realidade, e fornecer uma imagem simples para o aluno.

Em suma, os modelos são projetados para facilitar o entendimento. Alguns dos modelos mais simples são quase todos os dias usados. Eles incluem mapas, fotografias aéreas, plantas baixas e fluxogramas. Outros são usados ​​nas margens pioneiras da pesquisa.

4. Teoria da Localização Econômica:

A geografia econômica é um campo extremamente amplo no sentido de que examina uma ampla gama de atividades. Essa amplitude é compartilhada, é claro, pela disciplina da economia e das ciências sociais em geral.

Como a economia, a geografia econômica é unificada como um corpo de conhecimento que não é tão identificado pelo assunto estudado como por um conjunto de princípios ou teorias interligadas, que estão em constante evolução.

No caso da geografia econômica, esses princípios e teorias são os da localização das atividades econômicas, conhecidos formal e coletivamente pelo termo "teoria da localização". A teoria da localização procura explicar os fatores universais básicos que determinam e influenciam a localização de todos os tipos de atividade econômica.

Na geografia econômica, várias teorias de localização foram adotadas para explicar a localização agrícola e industrial. Mas agora as teorias relacionadas ao processo decisório tornaram-se importantes.

5. Foco Comportamental:

Uma nova tendência na geografia econômica é o foco comportamental, ou seja, mais atenção agora tem sido dada ao padrão comportamental, no qual a ênfase é colocada em como as decisões locacionais são realmente tomadas.

Uma coisa é descrever uma região como produtora de uma cultura específica ou combinação de culturas; outra é entender como os fazendeiros da região decidiram quais plantações criar.

O padrão comportamental dos participantes do mercado, ou seja, consumidor, comerciante-atacadista, varejista e produtor, tornou-se um aspecto importante do estudo em geografia econômica. Da mesma forma, o movimento de padrões comportamentais das pessoas agora determina a seleção e a localização das rotas de transporte.

A análise espacial do padrão comportamental em todas as atividades econômicas tornou-se foco da geografia econômica.

6. Implicações de Políticas:

Os geógrafos econômicos contemporâneos também estão interessados ​​na implicação política das atividades econômicas. Reconhece-se que o papel do governo é fundamental para afetar o nível e a localização das atividades econômicas.

Esse papel é desempenhado não apenas pelos governos federais, mas também pelos governos estaduais e locais. Políticas públicas alternativas levam a padrões locacionais diferentes - às vezes bem diferentes.

7. Geografia Econômica Aplicada:

Além dos desenvolvimentos teóricos na geografia econômica, ela tem agora mais inclinação para o aspecto aplicado. Outra tendência na geografia econômica moderna é referida sob o rótulo geral de geografia aplicada. Desde então, muitos geógrafos profissionais estão agora trabalhando em organizações de planejamento, agências governamentais, negócios e indústria, agora usando conceitos e técnicas geográficas para uma ampla gama de problemas práticos.

Intimamente relacionado com a evolução da geografia aplicada, está a preocupação contemporânea com abordagens de resolução de problemas na geografia econômica. Um fundo de matemática, estatística e programação de computadores e análise de localização é útil. Habilidades práticas como cartografia, sensoriamento remoto, SIG são extremamente úteis na análise de problemas espaciais.

8. Tendências da Globalização:

O conceito de globalização se espalhou pelas ciências sociais, incluindo a geografia econômica. Essa nova visão da geografia está desafiando as abordagens tradicionais da geografia econômica. Frases como "o shopping global", "o local de trabalho global" ou "a cidade global" tentam capturar a essência da globalização.

Este conceito baseia-se nas novas tecnologias de comunicação e seu impacto na economia local e global, bem como na vida social, cultural e política.

O significado da globalização pode ser entendido em termos das seguintes características:

(i) O capital tornou-se mais globalmente móvel.

(ii) O mercado tornou-se menos regulamentado, quebrando o controle governamental e político.

(iii) As empresas multinacionais tornaram-se agentes principais de mudança.

(iv) As forças políticas nacionais foram enfraquecidas, dando lugar a corporações multinacionais.

(v) As tendências duplas foram postas em movimento, a única tendência em direção a condições globais mais homogêneas como resultado de uma competição generalizada, e a outra em direção a diferenças aprimoradas conforme as localidades se esforçam para manter suas identidades. A globalização representa um conjunto complexo de processos, que os geógrafos econômicos apenas começaram a entender.

9. Mais ênfase no padrão e processos espaciais:

A distribuição de atividades econômicas sobre a superfície da terra ou dentro de uma região pode ser vista como formando um padrão ou distribuição espacial. Esse padrão pode ser um padrão nodal ou pontual, um padrão linear. Combinando o padrão linear e nodal, pode-se definir uma região nodal, útil em muitos tipos de análise na geografia econômica.

Esses padrões espaciais são frequentemente descritos no mapa coroplético. Outro tipo de padrão espacial é a superfície, que pode ser ilustrada cartograficamente de várias formas. O método mais comum de mapeamento de superfície é pelo uso de isolinhas, essas linhas conectam pontos de igual magnitude.

Os padrões espaciais geralmente se combinam para formar hierarquias, sequências interligadas de padrões que variam de pequena a grande escala. Essa hierarquia espacial reflete a extensão e as dimensões de um sistema econômico.

Além do padrão espacial, os geógrafos econômicos também lidam com processos espaciais. A palavra "processo" implica algo acontecendo ao longo do tempo. Um processo espacial, então, envolve mudanças dentro de alguns ou de todos os elementos de um sistema. Os geógrafos estão preocupados com a interação entre padrão e processo e esses dois conceitos são caminhos que os geógrafos usam para analisar o sistema econômico espacial.

Os padrões econômicos mudam por causa das decisões humanas, que podem ser baseadas em diferentes objetivos econômicos, diferentes percepções de alternativas econômicas, diferentes preferências e sistemas culturais. Na geografia econômica contemporânea, a ênfase tem sido dada na análise espaço-temporal.

10. Análise de Sistemas:

Como outros cientistas sociais, os geógrafos econômicos também estão usando a análise de sistemas como um método de analisar atividades econômicas. O conceito básico é bastante simples. Um sistema é um conjunto de elementos identificados tão relacionados que juntos formam um todo complexo. Análise de sistemas significa considerações de tal conjunto como um todo, e não como algo a ser analisado em partes separadas.

Um sistema, ao contrário de um mero agenciamento (quase se pode dizer "pilha"), não é apenas uma totalidade de partes, mas uma totalidade de relações entre e incluindo essas partes. A análise de sistemas é uma abordagem ou metodologia, e não uma filosofia ou um paradigma científico. Em outras palavras, é uma técnica ou ferramenta analítica que pode ajudar na compreensão ou elucidação de estruturas complexas, não uma teoria generalizada - embora alguns de seus defensores possam vê-la como uma.

Os geógrafos econômicos utilizaram o conceito de sistema para entender melhor os elementos componentes de alguma parte da realidade e as relações entre eles. Para continuar com o nosso exemplo, se olharmos para o cenário econômico mundial como uma entidade, podemos dividi-lo em subsistemas de componentes.

Dada uma melhor compreensão da estrutura, poderíamos então tentar rearranjar os elementos espacialmente para maximizar alguma função de bem-estar humano. E, de fato, a aceitação por alguns geógrafos econômicos dessa noção de economia mundial é considerada por alguns como um dos principais avanços conceituais dos últimos anos.

11. Especialização e Desenvolvimento de Sub-Ramos:

Na geografia econômica, vários ramos foram desenvolvidos devido à especialização. Como as atividades econômicas são diversificadas, seu estudo também é especializado. Essa especialização deu novo status à geografia econômica.

Os principais ramos da geografia econômica são:

(i) Geografia Agrícola

(ii) Geografia Industrial

iii) Geografia dos Transportes

(iv) Marketing Geográfico

(v) Geografia de Recursos

(vi) Geografia do Planejamento e Desenvolvimento

Todos esses ramos agora se tornaram campos independentes de estudo, mas ao mesmo tempo também se ligam à geografia econômica. A geografia econômica contemporânea está se desenvolvendo rapidamente devido a novas pesquisas nesses sub-ramos e também seu valor aplicado está aumentando em comparação com outros ramos da geografia.

12. Preocupação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável:

Atualmente, os problemas ambientais são de grande preocupação na maioria dos assuntos. Os geógrafos econômicos também estão agora se interessando por problemas associados ao meio ambiente, tanto global quanto regional. Isso se deve mais ao fato de que as atividades econômicas também são uma das principais causas da degradação ambiental.

As atividades econômicas como mineração, indústria, transporte são diretamente responsáveis ​​pela poluição, mudanças climáticas e aquecimento global. Portanto, existe a necessidade de gerenciar as atividades econômicas de forma sustentável.

Da mesma forma, a utilização de recursos, especialmente a superexploração de recursos naturais e econômicos, está aumentando dia a dia e é hora de tomar medidas para sua utilização adequada, para que não apenas a geração atual, mas as gerações futuras também possam usá-las.

O conceito de desenvolvimento sustentável tornou-se parte integrante do estudo da geografia econômica. Os geógrafos econômicos conhecem a distribuição, a produção e as potencialidades dos recursos mundiais e estão em posição de sugerir sua política de conservação. O início no campo do desenvolvimento sustentável já foi feito, mas ainda há um longo caminho a percorrer.

13. Outras Tendências:

Além das principais tendências da geografia econômica mencionadas acima, as outras tendências são as seguintes:

(i) Novos conceitos de desenvolvimento

a) Desenvolvimento integrado

b) Desenvolvimento regional

c) Desenvolvimento sustentável

d) Desenvolvimento económico e qualidade de vida

(ii) Estudo da economia orientada para o mercado

(iii) Relação ambiental da economia

iv) natureza interdisciplinar

v) Processo de decisão

(vi) Uso do modelo de gravidade

(vii) Análise de custos de produção e transporte

(viii) Conceito de espaço isotrópico e anisotrópico

(ix) Conceito de tempo e espaço no desenvolvimento econômico

(x) Novo desenvolvimento em teorias de localização relacionadas ao desenvolvimento econômico

(xi) Uso de sensoriamento remoto e SIG no estudo da distribuição e utilização de recursos

(xii) Previsão geográfica econômica

xiii) Planejamento para o desenvolvimento econômico regional

(xiv) Ênfase no impacto social das atividades econômicas

(xv) Feminismo e geografia econômica, isto é, trabalho de gênero e trabalho de gênero

(xvi) A geografia econômica do comércio global

xvii) Telecomunicações e espaço económico

Em resumo, a geografia econômica é um ramo altamente desenvolvido da geografia humana. Aos métodos centenários de descrição e síntese, a pesquisa moderna em geografia econômica foi acrescentada pelos desenvolvimentos nas ciências sociais e comportamentais, na ciência da computação, na estatística, na matemática e no GIS.

O uso do método científico para estudar sistemas espaciais econômicos permitiu novas formas de compreender velhas questões. Os princípios da teoria da localização econômica formaram um núcleo em torno do qual a geografia econômica é focalizada.