Notas sobre Fronteiras e Fronteiras

Fronteira:

No passado, durante as evoluções políticas de um estado, os estados eram separados por áreas, não por linhas. A função da área interveniente era impedir o contato direto entre os estados vizinhos e era referida como uma fronteira.

Uma fronteira pode, assim, ser definida como uma área político-geográfica, situada além das fronteiras definidas de uma unidade política na qual a expansão poderia ocorrer (por exemplo, a penetração européia na área de Zulu-Natal e, nos tempos modernos, na Antártica). . É um conceito físico e moral que implica olhar para fora e se mover para fora. Não é um conceito abstrato, mas um "fato da vida" - uma manifestação da tendência ao crescimento espontâneo do ecumene.

De acordo com Lapradelle, há três estágios na evolução de uma fronteira, a saber: (i) zona de influência designada de diferentes fenômenos físicos; (ii) conceito antropológico-geográfico; (iii) fronteira política.

Fronteira:

Implica o limite físico de soberania e jurisdição de um estado; é uma manifestação de integração e é orientada para dentro.

Suas características são as seguintes:

1. Ainda é possível reconhecer as características de fronteira nos limites, especialmente em regiões escassamente povoadas, como desertos. Isso leva ao atrito mínimo. Um exemplo é o limite entre a Espanha e Portugal.

2. É um conceito apropriado para o estado moderno onde tudo o que está dentro do limite é unido por lei comum, economia, características físicas, ideia ou credo com um governo ou autoridade central no controle efetivo do território e atividades dentro dos limites. .

3. Pode ser alcançado expandindo-se em fronteiras quando os limites naturais são atingidos. Por exemplo, as expansões para o oeste dos EUA em fronteiras desérticas até o litoral foram atingidas.

4. É uma linha externa de controle efetivo do governo central, mantendo o inimigo fora e os recursos.

5. É um fenômeno jurídico-político que não é criado, mas é fixado pelos decisores políticos.

6. Significa diferenças de objetivos, ideologia, estrutura, interesses, etc. daqueles dos estados vizinhos.

Fronteira e fronteira - uma comparação:

1. Um limite é orientado para dentro. É uma manifestação de integração e é uma força centrípeta; uma fronteira é orientada para o exterior e é uma manifestação da tendência espontânea a crescer, do ecumene, e é uma força centrífuga.

2. Um limite é criado e mantido pela vontade do governo. Não tem vida própria, nem mesmo existência material; uma fronteira é um "fato da vida" e existe fisicamente no chão como uma entidade dinâmica.

3. Um limite é bem definido e regulado por lei. Possui características uniformes. Uma fronteira é um fenômeno da história e, como a história, é única.

4. Um limite é um fator de separação, enquanto uma fronteira fornece espaço para interação e troca mútuas.

Conclusão:

A existência de fronteiras mostra que uma comunidade política atingiu um grau relativo de maturidade, ordem e permanência na lei. Fronteiras e fronteiras são produtos de forças sócio-políticas e são, portanto, subjetivas e não objetivas.

Para ter uma estrutura política interna estável, é necessária uma distinção entre política interna e externa. O limite facilita essa distinção. Fatores supranacionais, não nacionais e outros minam a importância da fronteira até certo ponto.