Teoria da Inovação do Ciclo do Comércio: por JA Schumpeter

Leia este artigo para aprender sobre a teoria da inovação do ciclo comercial por JA Schumpeter!

A teoria da inovação de um ciclo comercial é proposta por JA Schumpeter. Ele considera as inovações como a causa originária dos ciclos comerciais. O termo “inovação” não deve ser confundido com invenções. Invenções, na linguagem comum, são descobertas de novidades científicas. Inovação é a aplicação de tais invenções à produção real (ou seja, explorando-as).

São inovações sujeitas a flutuações cíclicas, não invenções. Inovação, assim, em economia significa a aplicação comercial de invenções como novas técnicas de produção, novos métodos de organização, novos produtos, etc.

Schumpeter considera os ciclos comerciais como filhos do progresso econômico em uma sociedade capitalista. Flutuações cíclicas são inerentes ao processo econômico de produção industrial. Quando ocorrem mudanças internas por conta da inovação, o processo de desenvolvimento começa.

Schumpeter classifica a inovação em cinco categorias da seguinte forma:

(i) Introdução de novo tipo de mercadoria.

(ii) Introdução de novos métodos de produção.

(iii) Abertura de novos mercados.

(iv) Descoberta de novas fontes de matérias-primas.

(v) Mudança na organização de uma indústria, como a criação de um monopólio, confiança ou cartel ou quebra de um monopólio, cartel, etc.

A inovação, no entanto, não surge espontaneamente. Deve ser ativamente promovido por alguma agência no sistema econômico. Tal agente, segundo Schumpeter, é um “empreendedor”, empreendedores são inovadores.

Para realizar sua função inovadora, o empreendedor precisa de duas coisas. Primeiro, ele deve ter o conhecimento técnico para produzir novos produtos ou novos serviços. Em segundo lugar, uma vez que a introdução da inovação pressupõe o desvio dos meios de produção dos canais existentes para os novos, o empreendedor também deve possuir o poder de disposição sobre os fatores de produção.

O comando necessário sobre o fator produtivo é fornecido pelo fator monetário na forma de crédito. O empreendedor garante fundos para seu projeto, não economizando de sua própria receita, mas do sistema bancário de crédito.

Assim, o capital monetário e o crédito bancário desempenham um papel significativo na teoria schumpeteriana. De acordo com Schumpeter, o crédito só é importante na medida em que a inovação está envolvida no contexto de uma economia em progresso, e somente se o inovador requer crédito para exercer sua função, isto é, atividade inovadora. Na ausência de inovação, em um fluxo circular de economia monetária, onde a Lei do Mercado de Say opera totalmente, nenhum crédito é necessário.

Os fatores estratégicos na teoria schumpeteriana são:

(i) inovações

(ii) empresários.

As inovações provocadas pelos empreendedores perturbam o fluxo circular da economia estacionária, de modo que o desenvolvimento é um processo dinâmico, descontínuo e cíclico.

Schumpeter atribui a aparência de enxames de empresários à natureza cíclica do progresso econômico. Em sua opinião, o crescimento cíclico começa quando os empresários começam a investir nas aplicações comerciais de suas ideias inovadoras.

Isso pode começar gradualmente quando alguns dos principais empreendedores com motivação entrarem em campo. Mas, uma vez que esses poucos inovadores tenham demonstrado a lucratividade de seus empreendimentos, outros irão imitar e seguir o exemplo. Com alguns líderes suavizando o caminho, os inovadores originais logo são seguidos por uma aparência de atividade empreendedora.

Schumpeter assume que a atividade inovadora é ajudada pela prontidão dos sistemas bancários em dar crédito. A aparência de enxame da atividade empreendedora naturalmente aumenta o volume de investimento que, por sua vez, aumenta a renda, o emprego e a produção. Assim, a fase de prosperidade ganha força e a economia sobe, longe da vizinhança do equilíbrio.

Em suma, o agrupamento de inovações cria uma perturbação descontínua na economia. Isso levará a um fluxo avassalador de novos produtos quando todas essas inovações começarem a ter seu efeito total. Quando o mercado é inundado com novos produtos, seus preços caem e as margens de lucro diminuem. Por outro lado, as inovações financiadas pelo crédito aumentam os preços dos fatores e, assim, os custos de produção aumentam.

Novas inovações cessarão agora. Assim, a prosperidade terminará e a recessão começará. Nesse estágio, a deflação do crédito também ocorre com a persistente tendência de novas empresas utilizarem os recibos de vendas de seus novos produtos para pagar seus empréstimos bancários. Isso tende a colocar as antigas empresas em uma posição difícil de readequação e adaptação.

Pois, quando a deflação de crédito se instala, o fluxo do fluxo de dinheiro para a economia diminuirá, portanto, a demanda por receitas das empresas antigas, tornando sua posição ainda mais difícil; então a recessão é agravada ainda mais. Schumpeter descreve esse processo como "auto-deflação", implicando, assim, que os bancos comerciais desempenham apenas um papel passivo no processo.

A recessão no sistema econômico é causada pela paralisação de inovações e pelo afrouxamento da atividade empresarial. Ele enfatiza que as inovações não se devem à falta de invenções, mas porque o ambiente econômico não é favorável para inovações futuras.

Quando há superprodução no período de prosperidade, os preços gerais caem, reduzindo as margens de lucro. O desaparecimento das margens de lucro de novos investimentos torna as inovações financeiramente pouco atraentes.

Além disso, durante uma crise econômica, as expectativas são atenuadas sob condições de incerteza. Como o agrupamento de inovações no período de prosperidade levou a economia a um estado muito desequilibrado, todos os valores e estimativas do sistema mudam agora. Isso torna o planejamento preciso de novos investimentos extremamente difícil. Assim, a situação econômica assim desenvolvida atua como um impedimento ao planejamento e formação de novas empresas.

No entanto, a teoria dos ciclos comerciais de Schumpeter é imperfeita.

Ela sofre de muitos inconvenientes, como:

(i) Sua teoria é altamente institucional: requer a existência de uma estrutura institucional típica da sociedade para sua validade. Ele considera empresários como meros inovadores. Além disso, ele enfatiza demais o papel do empreendedor, criando assim um elemento pessoal muito forte no caminho do progresso industrial.

(ii) Schumpeter atribui ciclos comerciais ao fenômeno das inovações apenas. Mas o ciclo comercial, sendo um fenômeno complexo, não pode ser atribuído apenas a um único fator.

(iii) Schumpeter supõe, de forma não realista, que as inovações são financiadas apenas por meio de crédito bancário. Eles devem ser financiados com economias voluntárias. Além disso, grandes inovações geralmente exigem crédito de longo prazo, enquanto o sistema bancário geralmente concede apenas empréstimos de curto prazo.