5 funções do rei de acordo com Manu

As cinco funções do rei de acordo com Manu são as seguintes: 1. Dandaneeti 2. Tributação 3. Justiça e Sistema Judicial 4. Relações Inter-Estatais 5. Moralidade e Religião.

Uma das funções importantes do rei, segundo Manu, era a de castigo. Como rei, esperava-se que ele protegesse seus súditos e, em troca, recebesse grãos de comida, alguma quantidade de mercadorias e uma linda menina em casamento; certifique-se de que uma casta não interfira na outra; e também reduzir a corrupção.

Ele tem que regular a vida social dos sujeitos, protegê-los da agressão e promover a segurança. Ele também deve manter a lei e a ordem, manter o reino livre de ladrões, proteger a propriedade privada, conceder favores à reserva de pessoas, controlar os preços das mercadorias, impedir a adulteração de alimentos, controlar pesos e medidas, proporcionar segurança aos comerciantes que entram no reino. e, finalmente, incentivar o comércio e a agricultura.

A seguir, uma breve explicação de algumas das outras funções do rei.

1. Dandaneeti:

A política hindu colocou ênfase considerável em Dandaneeti. 'Danda' significa punição e 'neeti' significa lei. Assim, Dandaneeti refere-se às leis que devem ser seguidas para punir uma pessoa pelo crime cometido por ele ou ela e também na administração adequada dos assuntos do Estado.

De acordo com Manu, a natureza humana é má e corrupta e ele acreditava que a moral só traria disciplina, pelo menos por medo de punição. Manu, no entanto, afirmou que Danda deve ser usado com moderação e, de fato, evitado, tanto quanto possível.

Ele acreditava que Danda mantém as pessoas em uma sociedade dentro de sua esfera de atividade. Assegura que as pessoas desempenhem as funções que lhes são atribuídas de acordo com sua casta na sociedade. Também protege as pessoas fracas das atividades arbitrárias dos fortes. No final, Danda ajuda o rei na preservação e promoção do dharma ou retidão.

2. Tributação:

Manu também falou sobre as finanças do estado. Ele autorizou o rei a cobrar impostos por fornecer proteção ao povo. Assim, a tributação estava ligada à teoria salarial. Ele também mencionou muito claramente que o imposto deve ser recolhido tanto da terra quanto do gado.

Ele, no entanto, fixou a porcentagem do imposto sobre a terra e o gado como não menos que 25% e 20%, respectivamente. Manu, no entanto, aconselhou o rei que os impostos deveriam ser cobrados tendo em vista a capacidade dos sujeitos e sua ocupação.

Ele também afirmou que se os sujeitos estão sobrecarregados com pagamentos de impostos, isso levaria a uma grande quantidade de frustrações e descontentamento entre eles e acabaria por resultar em calamidades nacionais. Manu também aconselhou o rei que o valor total arrecadado através de impostos deve ser usado para as atividades de bem-estar, como ajudar na agricultura, promover o comércio e a indústria, etc.

3. Justiça e Sistema Judicial:

Manu, de fato, foi o primeiro dos antigos pensadores políticos da Índia a enfatizar a necessidade de justiça justa e administração judicial adequada. Ele alegou que um rei não pode governar sem justiça. Ele acreditava que um bom governante sempre garantiria justiça rápida e barata aos necessitados e àqueles que a merecem.

Manu era da opinião de que o rei deveria prestar mais atenção a todo o sistema judicial. Manu, no entanto, não apoiou o tratamento igual a todas as castas na sociedade e, de fato, favoreceu muito os Brahmanas. Ele também vinculou a justiça ao dharma e que a justiça deve ser fornecida com base na justiça.

Ele esperava que o rei fosse bem versado no Dharma Shastras e em outras literaturas para o pronunciamento apropriado da justiça de acordo com os costumes e práticas bem estabelecidos. Muitos também esclareceram que, se um julgamento errado é dado, ele deve ser revertido quando se descobre que quem o tribunal produziu estava errado ou as gravações estavam incorretas. Ele também sugeriu punição corporal e multas.

4. Relações Inter-estatais:

Outra questão importante e significativa discutida por Manu era o problema das relações interestatais, que eram em grande parte baseadas em conveniência política e justiça estabelecida. Manu era a favor da guerra sob duas condições, quando há uma ameaça ao reino de alguém e depois à expansão do território.

O rei de acordo com Manu era como um weedier, que remove as ervas daninhas e protege as plantas. Assim, o principal dever do rei é proteger o reino e as pessoas e destruir o inimigo. Para este propósito, Manu sugeriu certas técnicas que ele chamou de Chaturopaya. Eles são conciliação, dissensão, suborno e força para enfrentar os adversários. Manu foi a favor da primeira e última técnica. Ele afirmou ainda que a força é o último recurso.

5. Moralidade e Religião:

O antigo pensamento político indiano deu grande crédito à base religiosa da existência humana e à aceitação da moralidade tradicional. Manu rejeitou a crueldade e o engano. Ele enfatizou o estado de direito e o código de conduta para os Kshatriyas. Manu, no entanto, permitiu um desvio de tal código de conduta no interesse do rei.